Partimos de Nova Lima onde estávamos hospedados no Melhor Lugar do Mundo e, apesar de estar perto e ser citada no mapa, não consta como uma das cidades da ER. Como na pré-estréia havíamos visitado Sabará e Raposos, fomos direto até Raposos pelo asfalto e daí pegamos uma estrada de terra sem marco da ER mas que é citada no mapa. Foi uma escolha interessante com uma bela vista das montanhas e do local onde ainda existe minas em operação.
Igreja de Morro Vermelho |
Poucos carros na ER |
De Morro Vermelho fomos direto a Caeté em 8 Km de uma estradinha de terra.
Em Caeté passamos num supermercado e compramos itens básicos como água e biscoito para o caso de ficarmos perdidos no meio da estrada. Esta foi uma dica importante e viemos a utilizar bastante estas comidinhas rápidas quando não queríamos perder tempo com paradas durante o dia.
Bonita Igreja de Caeté |
Mas em Caeté, por indicação do pessoal do supermercado, fomos almoçar no Delícias do Fogão que serve uma boa comida mineira a quilo. Só tivemos de tomar cuidado para não exagerar pois tínhamos um longo caminho pela frente.
A próxima cidade de nosso mapa seria Cocais que fica na confluência entre os 3 caminhos da Estrada Real: o dos Diamantes que vem de Diamantina, o do Sabarabuçu em que estávamos e o Caminho Velho que íamos seguir.
Estrada para Cocais no meio dos eucaliptos |
Não conseguimos, no entanto, ir direto para Cocais como o mapa indicava mas por uma estrada que levava a Barão de Cocais. Muito difícil conseguir informações dos locais, principalmente das pessoas mais velhas. Pensei inicialmente que ia conseguir ótimas indicações de como e onde achar a ER com eles, mas todos nos mandavam para a estrada de asfalto dizendo ser a melhor, mesmo após a nossa insistência de que o que queríamos era mesmo buraco e poeira.
Riacho atravessando a estrada para Cocais |
Em Barão de Cocais tivemos inclusive a informação de que seria impossível ir a Cocais de carro mas persistimos e achamos uma estrada linda cercada pelos eucaliptos e, apesar de alguns riachos atravessando-a, não houve nenhuma dificuldade maior. Diria mesmo que a estrada é até boa diante de algumas que iríamos encontrar mais para a frente.
Em Cocais descemos pelo asfalto de volta a Barão de Cocais e daí até o Santuário do Caraça que apesar de ser um ponto terminal estava com destaque no mapa e a visita era importante.
Entrada do Santuário do Caraça |
Pretendia também dormir na Pousada que existe no Mosteiro pois já era mais de 5 horas da tarde. Mas não teve jeito de convencer a minha esposa que desde uma vez que visitamos as catacumbas que existem neste lugar e com a visão lúgubre das montanhas circundantes se nega a dormir aqui. Realmente o lugar é bonito e diferente, tem-se uma sensação de paz muito grande. Apesar de me sentir bem com a calma daquele lugar, preferi mais uma vez concordar com ela e dizer que não sabia se estava com tanta vontade assim de ficar.
Marco da ER em pleno Caraça |
Um fato digno de nota foi que na estrada de asfalto que nos levava ao Caraça notamos a uns 200 metros de distância um animal diferente, parecendo um cachorro com pernas longas. Quando chegamos no Santuário e vimos uma foto do lobo que dizem vai lá toda noite comer, tivemos a certeza de que era ele que atravessou o nosso caminho alguns minutos atrás. Até o Lobo Guará estava nos vigiando pelas trilhas da Estrada Real.
Fomos então direto para Santa Bárbara que fica bem perto e lá nos hospedamos no Hotel Quadrado que fica no centro histórico e foi totalmente restaurado para oferecer um bom nível de serviço. Uma grande foto logo na entrada mostra como foram os tempos antigos com muitos carros e pessoas nas janelas.
Hotel Quadrado de Santa Bárbara |
Marco do lado da Igreja na frente do Hotel |
Centro Histórico de Santa Bárbara |
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